terça-feira, 15 de setembro de 2015

União da Mocidade: O início

No dia 15 de setembro do ano de 1945, aproximadamente 13 anos após o Pr. João Augusto da Silveira ser batizado com o Espírito Santo, na cidade de Paulista-PE, surgiu a União da Mocidade Adventista da Promessa ou, como se denominou na época, Grêmio Monte Tabor. Esse departamento surgiu da necessidade de os jovens unirem-se em torno dos mesmos objetivos cristãos.

Chama a atenção o fato de que a União da Mocidade não surge de qualquer jeito. Regras são ali desenvolvidas[1]. Dentre elas, manutenção da fé e da doutrina cristãs, com base na Palavra de Deus. É isso mesmo: a Umap se interessava por doutrina.

A nossa convicção cristã só é fortalecida quando há interesse e valorização na doutrina cristã. A igreja primitiva observava a doutrina. Diz o texto de Atos 2:42: E perseveravam na doutrina dos apóstolosA nossa geração é carente de conhecimento e de convicções, mas em meio às trevas da ignorância, a Umap deve se portar como luz do conhecimento.

Outra regra na criação da Umap: Comunhão, fraternidade, sociabilidade entre todosSomos uma união. Somos dependentes uns dos outros. Deus quis assim, aliás, Deus quer assim. Nas palavras de Cristo, reino divido se autodestrói. A igreja primitiva, sabendo disso, perseverava também na comunhão e no partir do pãoSomos unidos pela Cruz de Cristo. Por seu sacrifício fomos, somos e seremos salvos. Estaremos unidos quando as tribulações vierem, mas juntos, moraremos com Deus e usufruiremos de seu reino vindouro.

Por fim, a ultima regra enfatizada na formação da Umap: a manutenção da moralidade. Setenta anos se passaram. Muitos daqueles jovens que viveram os primeiros anos da Umap, não mais estão entre nós. Os tempos também mudaram, o nome da União da Mocidade, mudou. O que jamais mudará, entretanto, são os valores, os princípios e absolutos da Palavra. Deus foi e continua sendo o Deus Santo e jamais mudará de lado. O nosso desafio é ser como ele. Santifiquemo-nos a cada dia. Não nos conformemos com o pensamento e valores deste mundo.

A corrida continua. Estejamos prontos. Sigamos as regras e sejamos perseverantes.

Em Cristo, 

Jailton Sousa Silva, Pr.



[1] MARCOS que pontilham o caminho: a história continua. 1ª Ed. São Paulo: GEVC, 2002.

quinta-feira, 2 de abril de 2015

EM BUSCA DE UM MILAGRE

Naamã, comandante do exército do rei da Síria, era grande homem diante do seu senhor e de muito conceito, porque por ele o SENHOR dera vitória à Síria; era ele herói da guerra, porém leproso. (2Reis 5:1)

É consenso que apesar das dificuldades detectadas na área da saúde, a medicina evoluiu de maneira significativa. Hoje em dia é possível detectar algumas doenças futuras através das informações genéticas de uma pessoa, por meio de um simples exame, o que há alguns anos era impossível. Os métodos de cura se mostram muito mais eficientes e as pesquisas e as descobertas não param. Contudo, apesar de todo aparato medicinal, as pessoas continuam morrendo, vítimas de enfermidades. As doenças vasculares cerebrais, por exemplo, estão dentre as que mais matam no mundo, segundo a Organização Mundial de Saúde.

Ainda há doenças sem cura. A medicina sempre ajuda, mas nem sempre resolve o problema. E quando isso acontece, o que fazer? Naamã resolveu ir em busca de um milagre. O que aprendemos com a história dele?

Em primeiro lugar, esse episódio nos ensina que somos vulneráveis:
Quem era Naamã? Comandante do exército sírio, em Damasco, nos tempos de Jorão, rei de Israel. Naamã foi homem habilidoso e corajoso, que merecia a posição que ocupava. Muitas das vitórias dos sírios devem-se a grande capacidade militar desse comandante. Naamã estava acostumado às vitórias. Ele era um herói nacional; ao mesmo tempo  estava ele acostumado à fama: o seu nome vivia atrelado ao êxito; era uma personalidade de sucesso em seu país.

Naamã estava acostumado às regalias. Ele dispunha de livre acesso ao palácio real. Os corredores do poder não lhe eram estranhos. Naamã possuía o que muita gente gostaria de ter: riqueza, fama, poder, conquistas. Um dia, porém, a casa caiu. O homem que sabia humilhar os seus adversários com as lâminas de sua espada, foi derrotado diante de uma horrível enfermidade: a lepra.

O que isso nos ensina? É simples: não existem super homens ou mulheres maravilhas no mundo real. O jovem que pensa que nunca vai morrer, engana-se a si mesmo. Dirigir em alta velocidade, entupir as veias com drogas, encher os pulmões de álcool, podem levar a morte. O investidor não está imune a perdas monumentais no mercado de ações; um pastor integro e sincero pode ser vítima de uma investida satânica; o atleta não está livre de um infarto e o rico, pode sim, ficar pobre.

Portanto, cuidado com o excesso de autoconfiança. Não somos tão fortes quanto pensamos. Cristo nos tornou livres do domínio do pecado, mas não da presença dele. Se o subestimarmos, podemos cair por sua causa. Cuidado: a presunção pode nos prejudicar. A arrogância é a porta de entrada para o fracasso. Somos vulneráveis. 


O episódio da enfermidade de Naamã nos ensina, em segundo lugar que: somos dependentes:
Naamã não tem como escapar da lepra. Ele está desesperado. A sua condição é a pior possível para quem ostenta o título de general. A serva israelita que vivia no palácio avisa que o profeta de Deus pode curá-lo. Essa notícia é suficiente para que o general leproso tenha um fio de esperança. Então, com a autorização de seu rei, Naamã vai buscar ajuda em Israel. 

Naquele momento, Israel e Síria estavam em paz, mas antes eles já haviam guerreado um contra o outro. Agora, porém, isso pouco importa ao general enfermo. Ele está em busca de um milagre, de uma cura. O profeta Eliseu não era Deus, mas era homem de Deus; ele possuía autoridade de Deus para curar. E porque tinha autoridade, Eliseu disse ao rei: Deixa-o vir a mim, e saberá que há profeta em Israel. (2Rs 5:8). E porque era profeta de Deus, Eliseu disse ao general sírio: Vai, lava-te sete vezes no Jordão e a tua carne será restaurada, e ficarás limpo (v.10).

Os milagres de Deus devem ser buscados no lugar certo. Deus é quem nos cura de nossas enfermidades. Ele vai aonde ninguém mais pode chegar. O médico pode remover a doença do corpo, mas só Jesus pode remover as enfermidades não somente físicas, mas também, espirituais. Cristo cura quando, onde e a quem ele quiser. Todas as enfermidades estão debaixo de seu poder e soberania.

Dependemos de Jesus para sermos curados de nossas crises existenciais. Precisamos de Jesus para sermos curados do pecado. Dependemos de Jesus para sermos curados daquilo que aos homens é incurável. Somos vulneráveis sim; somos dependentes sim; Mas o poderoso Deus faz do fraco, forte.

Se a situação estiver difícil, busque a Deus; Se o casamento estiver por um fio, busque a Deus; Se a doença foi detectada, busque a Deus; se o projeto falhou, busque a Deus; se o filho deu problema, busque a Deus.

Busquemos a Deus porque ele tem cuidado de nós.

Em Cristo, 

Jailton Sousa Silva