segunda-feira, 23 de maio de 2011

Quem está imune à queda?

O “tempo fechou” para o Diretor-gerente do Fundo Monetário Internacional Dominique Strauss-Kahn. Ele foi acusado de abuso sexual contra uma camareira de 32 anos, funcionária do hotel onde estava hospedado. Isso teria acontecido por volta da meia noite de sábado, dia 14 de maio. Ao todo, foram dirigidas sete acusações contra ele. A prisão de Strauss-Kahn aconteceu quase na véspera de uma série de novas negociações sobre como lidar com a crise do bloco monetário europeu.[1] As acusações contra ele são muito graves. Tão graves que a pena máxima para elas é de 74 anos e três meses de prisão.[2] E por falar em prisão,  o seu destino, ao menos por alguns dias, foi a cadeia de Rickers Island, que fica próximo ao aeroporto de LaGuardia, em Nova York, já que a justiça americana lhe negou o pedido de liberdade sob fiança no valor US$ 1 milhão, mas em seguida, reconsiderou a decisão. 
Este é um dos assuntos que tem ocupado a manchete dos jornais nos últimos dias. Os mais conhecidos meios de comunicação o abordaram. Afinal, o homem em questão não se trata de qualquer um. Todo mundo sabe, inclusive os franceses, que Strauss-Kahn, até há alguns dias, era o nome mais cotado para vencer as Eleições presidenciais de 2012 na França, tendo em vista que a popularidade do atual presidente francês, Nicolas Sarkozy, está em baixa. A importância do chefe do FMI é tão grande no mundo que o escândalo envolvendo o seu nome causou um efeito negativo nas bolsas de valores da Europa. Se ele é inocente ou não, Deus sabe e os exames feitos, certamente dirão.
O certo é que a situação de Strauss-Kahn é, no mínimo, embaraçosa. Se as acusações forem verdadeiras, ele terá de amargar, enquanto viver, o fato de perder, em questão de minutos, uma reputação conquistada no decorrer de uma vida. De qualquer modo, todos hão de convir que, por mais poderoso que alguém possa ser, não está imune à queda. Isso não é difícil de perceber se olharmos para as páginas das Sagradas Escrituras. O que dizer, por exemplo, de Salomão, o homem mais sábio de sua época, cujo poder era munido de uma grandeza inestimável? Ele construiu uma das maravilhas do mundo de então, a saber, o templo de Jerusalém, mas não conseguiu firmar a si próprio. A sua vida espiritual, simplesmente, desmoronou. Neemias observou que as mulheres estrangeiras o fizeram cair no pecado. (Ne 13:26) 
      Outro personagem que vem à lembrança é o pai de Salomão, Davi. Este homem, além de ser um poderoso monarca de seu tempo, era também o homem segundo o coração de Deus. Quem declarou isso, foi o próprio Senhor (At 13:22). Contudo, em um momento da vida, se deixou seduzir pela própria cobiça e pecou, tomando para si, uma mulher alheia (2 Sm 11:4). Então, a verdade é clara: todos somos sujeitos a queda, independentemente da nossa influencia na sociedade. Como devemos agir diante de uma eventual queda? Davi é um bom exemplo. Ele reconheceu o erro e se arrependeu. Como conseqüência disso, Deus o perdoou (2 Sm 12:13). Embora o nosso tempo seja diferente, o Deus de Davi é o nosso também, e o seu perdão é o mesmo. Acredite: ele levanta do pó os fracassados.

Ms. Jailton Sousa Silva

segunda-feira, 9 de maio de 2011

Eu quero ir- Lucas Souza

Aspectos do chamado (parte 03).

Então, eles deixaram imediatamente as redes e o seguiram (Mt 4:20).

            Chegamos à terceira parte do devocional cujo tema é “aspectos do chamado”. O primeiro aspecto, como vimos na primeira parte, foi a transformação do comissionado. O segundo foi a capacitação do comissionado. Este foi abordado na segunda parte do devocional. Hoje, abordaremos sobre a abnegação do comissionado. Observe que, nas duas devocionais anteriores, Cristo toma a iniciativa, isto é, ele transforma e capacita a quem ele chama. A partir de agora, porém, a iniciativa é do comissionado. Este é chamado a uma atitude destemida e, ao mesmo tempo, arriscada, porém, correta. 
            Abnegação é algo que Jesus faz questão de tornar comum entre os que professam o seu nome. Pedro, André, Tiago e João, rapidamente captaram a idéia. O texto de Mateus 4:20 é formidável. Ele nos mostra uma atitude baseada não na inconseqüência de uma mente frágil, mas na convicção de uma fé inabalável! O texto diz: No mesmo instante eles deixaram as suas redes e o seguiram.  Os irmãos Pedro e André tomaram a decisão mais importante de suas vidas. Eles não demoraram a entender que não há como seguir a Cristo sem abnegação.
            As palavras do versículo 22 sobre Tiago e João são ainda mais impressionantes. Está escrito: E eles, deixando imediatamente seu pai e o barco, o seguiram. Estes homens estavam dispostos a renunciar tudo o que tinham, por Jesus. Eles deixaram a família. Muitas vezes é preciso que façamos o mesmo. As idéias da família são outras? Abandonemo-las! Os propósitos são outros? Abandonemo-los! A fé é outra? Abandonemo-la! Sim, renunciemos tudo aquilo que nos impede de chegar perto do Salvador. Tiago e João abandonaram a profissão por amor a Cristo. Quando o trabalho é desonesto, deve ser evitado. Quando o dinheiro tiver mais domínio sobre nós do que o próprio Cristo, precisamos repudiá-lo. O dinheiro é tentador e destruidor. 
            Muitos homens e mulheres do passado e do presente se sacrificaram por um propósito santo e eterno. São pessoas que se sujeitaram a sofrer prisões, naufrágios, escárnios, açoites e morte, por amor a fé que de uma vez por todas foi entregue aos santos! Quem os ensinou, na prática, o princípio da abnegação foi o próprio Cristo quando renunciou a própria vida, pela nossa vida! Isso nos ensina algo: não há cristianismo sério sem renúncia. Não há exaltação sem humilhação. O que temos renunciado por Cristo? Se as circunstâncias da vida lhe encurralarem num beco sem saída e você tiver de fazer uma escolha, escolha a Cristo, pois ele escolheu você.

Ms. Jailton Sousa Silva