quarta-feira, 29 de agosto de 2012

Quanta ansiedade!


Atento à reportagem

Na noite de terça feira, 28 de agosto de 2012, o programa da rede Globo, Profissão Repórter exibiu uma reportagem que focou a ansiedade dos jovens brasileiros no mercado de trabalho. Dentre os entrevistados, destaca-se a jovem empreendedora Bel Pesce. Com apenas 24 anos de idade, ela já fez nada menos que quatro cursos no respeitado Instituto de Tecnologia de Massachusetts e já conseguiu um investimento de 16 milhões de reais para abrir sua própria empresa. Todo esse empreendimento, porém, tem um preço, e não é pouco. Bel vive ligada o tempo inteiro. A ansiedade faz parte do seu dia a dia. “Eu acho que é um pouco de doença, para falar a verdade, porque quando eu não estou ocupada, eu quero estar ocupada. (...) Eu não sei se é bom ou ruim. Eu acho que não é sustentável também”, afirma a jovem. Em seguida, ela completa: “Eu acho que daqui a cinco ou dez anos quando eu estiver com uma família, filhos, de modo algum vai ser a vida que eu vou querer”.


 
 
Ligado na Palavra

A ansiedade de Bel Pesce não é incomum. Grande parte dos jovens de nosso tempo sofre com a preocupação de concluir rapidamente a faculdade, alcançar o almejado sucesso profissional, ganhar muito dinheiro e por ai vai. Mas o excesso de ansiedade faz mal. O stress, em muitos casos, advém disso, e a depressão também. Isso sem contar os prejuízos que podem fatalmente ocorrer nos relacionamentos. Jesus há cerca de 2000 anos previa isso, em sua onisciência. Por isso, alertou não somente aquela, mas a esta geração também: ...não andeis ansiosos pela vossa vida (Mt 6:24). O termo ansiosos neste texto significa, entre outras coisas, estar preocupado com cuidados, impaciência. O sábio já havia dito: Tenho visto tudo o que é feito debaixo do sol; tudo é inútil, é correr atrás do vento! (Ec 1:14).  O conselho bíblico é: não andeis ansiosos. Isso está claro. Mas qual a razão do mesmo? Bem, trata-se do foco correto a ser buscado. No v.33 Jesus esclarece: Buscai, pois, em primeiro lugar, o seu reino e a sua justiça, e todas estas coisas vos serão acrescentadas. Quem fizer isso, não correrá atrás do vento.
Em outras palavras, não posso viver ansioso com minhas realizações pessoais porque devo priorizar o reino de Deus. Pela mesma razão, não devo permitir que a ansiedade embace a minha visão acerca do poder de Deus, isto é,  o que ele pode fazer por mim, o seu cuidado para comigo; nem que venha minar a minha confiança nele. Isso seria desastroso.     
  

 
É hora da ação 

Como então devo agir? Talvez, duas palavrinhas responda essa questão. Em primeiro lugar, confiança. O dia de amanhã não nos pertence. Logo, é melhor colocarmos os nossos projetos nas mãos de Deus, deixar que ele direcione o nosso futuro. Isso não significa que devemos viver ociosos, sem fazer mais nada. Continuemos a fazer a nossa parte, sem, no entanto, deixar de confiar em Deus. Em segundo lugar, contentamento. Quem se contenta com o que tem vence a ansiedade com mais facilidade. Para este, o mais importante não são os tesouros terrenos, mas os celestiais. Que tal fazermos isso? Exercitemos uma vida de confiança e contentamento.

Ms. Jailton Sousa Silva

terça-feira, 14 de agosto de 2012

RECÉM-CASADOS


Ele é uma obra prima de Deus. Foi planejado e instituído pela mente mais brilhante do universo. Em seus laços, unem-se homem e mulher, tornando-se ambos uma só carne (Gn 2:24). O seu criador fez questão de que ele fosse conservado indissolúvel e monogâmico (Mt 19:5, 6). Desse modo, há milênios ele é celebrado de forma singular. Nunca sai de moda. Estou me referindo à benção do matrimônio.

O casamento é a expressão do amor. Tem a ver com parceria, respeito, carinho, fidelidade, sinceridade e, principalmente, amor. Que amor é esse? Obviamente, não me refiro ao amor romantizado das novelas, mas ao descrito por Paulo em sua primeira carta aos coríntios:

O amor é paciente, o amor é bondoso. Não inveja, não se vangloria, não se orgulha. Não maltrata, não procura seus interesses, não se ira facilmente, não guarda rancor.  O amor não se alegra com a injustiça, mas se alegra com a verdade. Tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta (1 Co 13:4-7 – NVI).

            Se este importante princípio bíblico for seguido com afinco na relação conjugal, creio que não haverá outra opção a esta, a não ser, dar certo, pois será como um cordão de três dobras que não se rompe com facilidade (Ec 4:12). Desse modo, estará apto a superar as provas e as dificuldades mais diversas que provavelmente sobrevirão ao longo do tempo.

            Se você é casado, o meu desejo é que o Senhor abençoe a sua vida conjugal. Se ainda não é, desejo que o Senhor lhe prepare a pessoa certa (isso se você tiver o propósito de casar um dia, é claro). E que este dia (do casamento) seja (ou tenha sido) tão especial para você quanto o foi para mim. Há muito o tenho aguardado e Deus, em sua infinita graça, preparou tudo. Deu-me mais do que tudo aquilo que um dia eu havia lhe pedido; propiciou-me alguém que, de fato, combina comigo. Nossas ideias são como dois caminhos que se encontram. E isso é fundamental numa relação a dois.

                A obra que Deus começou no dia 06 de março de 2011, foi completada no dia 14 de julho de 2012. Sob a bênção do Senhor, Gessiele e eu unimos nossas vidas ao laço matrimonial diante das pessoas que amamos. Estou feliz meus amados. Sim, muito feliz! Sinto-me realizado. O meu casamento representa para mim uma grande conquista. A Bíblia, por si só, me faz crer assim ao dizer: Quem encontra uma esposa encontra algo excelente; recebeu uma bênção do Senhor (Pv 18:22). Sou muito grato a Deus por ter encontrado-a. 

            Portanto, peço licença a você, leitor, para dirigir-me àquela que agora é minha esposa: “Gessiele, eu te amei ontem, amo-te hoje, e te amarei enquanto eu viver”. Encerro este singelo texto com as palavras que ela dedicou-me enquanto eu o escrevia: “Jailton, saiba que eu amo muito você. Não sei viver sem ti. Cada dia que passo contigo, descubro o quanto te amo e o quanto você é importante para mim. Que Deus te abençoe grandemente meu lindo esposo! Que as bênçãos do Senhor Jesus estejam sobre a sua cabeça. Torço muito por você. Amo-te muito. Fique com Deus. (Gê, sua esposa)”.
            
           Ms. Jailton Sousa Silva
           

 

terça-feira, 7 de agosto de 2012

Confira o vídeo de apresentação do blog POR DENTRO DA BÍBLIA

Uma herança maldita


Ninguém, em seu perfeito juízo, gosta de falar dela, muito menos de presenciá-la. Quem dera fosse esta apenas mais uma personagem fictícia como aquelas das histórias infantis, mas não é. A morte é uma realidade presente e se apresenta todos os dias a muita gente no mundo. Pode até demorar, mas inevitavelmente a maioria de nós (nem todos dormiremos, diz a Bíblia em 1Co 15:51), de alguma forma, nos depararemos, obrigatoriamente, com este mal iminente. Nas palavras inspiradas do escritor de Eclesiastes, Todos vão para o mesmo lugar; vieram todos do pó, e ao pó todos retornarão (Ec 3:20).
Assim sendo, não adianta fugirmos. A fuga, nesse caso, é inútil. Não há escapatórias. Ao ser humano cabe nascer, crescer, reproduzir, envelhecer e, finalmente, morrer. Este é o curso natural da vida. É até melancólico afirmar isso, mas a morte faz parte deste curso natural. Todavia, nem sempre foi assim. No princípio o homem era imortal. E isso não é ficção, é fato. Os nossos ancestrais, Adão e Eva, experimentaram a imortalidade. Contudo, eles mesmos a rejeitaram ao comerem do fruto proibido por Deus (Gn 3:6). Ao agirem assim, receberam como herança não mais vida eterna, mas morte (Gn 3:3). Paulo reforça esta ideia afirmando que quando Adão pecou, o pecado entrou na raça humana inteira. O pecado dele espalhou a morte pelo mundo todo, de modo que todas as coisas começaram a envelhecer e morrer, porque todos pecaram. (Rm 5:12 –Bíblia Viva)
A morte, portanto, não passa de uma intrusa em nossa história. Não fomos criados para a morte, mas para a vida. É por isso que nunca nos conformaremos com a perda de um ente querido. Mesmo sabendo que este poderá vir a dormir em Cristo, as lágrimas não deixarão de cair. Mesmo tendo poder de ressuscitar a Lázaro, Jesus chorou por ele (Jo 11:35). A morte causa tristeza e profunda dor. Mas precisamos encará-la. Não podemos nos deixar abater por ela. Devemos olhá-la através de uma lente diferente. Quem crê em Jesus sabe do que estou falando. Refiro-me a atitude de Paulo em afirmar: Porque para mim o viver é Cristo, e o morrer é ganho (Fp 1:21). Quem conhece a Jesus, tem esperança. Sabe que a morte não é o fim da linha, pois crê na ressurreição dos justos por intermédio da volta de Cristo. Certo estava o apóstolo quando escreveu: Porque para mim tenho por certo que as aflições deste tempo presente não são para comparar com a glória que em nós há de ser revelada (Rm 8:18). Graças a Deus a morte não é uma punição definitiva!
Assim como a morte, não esqueçamos de que a vida também é uma realidade. Que tal a aproveitarmos? De que maneira? Fazendo o bem, amando o próximo, cuidando do outro, buscando obter uma comunhão com o Criador. É importante fazermos isso agora, o quanto antes. A Bíblia fala sem rodeios que tudo quanto te vier à mão para fazer, faze-o conforme as tuas forças, porque na sepultura, para onde tu vais, não há obra, nem indústria, nem ciência, nem sabedoria alguma (Ec 9:10). Portanto, faça algo para Deus. Não fique com os braços cruzados. Ao contrário, coloque-se a disposição do Senhor como um instrumento a ser usado por ele. Faça isso enquanto há tempo.

Ms. Jailton Sousa Silva. 

segunda-feira, 6 de agosto de 2012

Uma lição de honestidade



    Algo inusitado aconteceu na cidade de São Paulo. Para ser mais específico, no dia 09 de julho. Um casal de moradores de rua encontrou, debaixo de uma árvore, duas sacolas e uma bolsa com cédulas, moedas e cartões de créditos. Ao abri-las, estavam lá nada menos que R$ 20,000,00 (vinte mil reais). Todavia, mais impressionante do que a quantia encontrada, foi a atitude do casal pobre que morava debaixo de um viaduto. Eles devolveram os pacotes à Polícia Militar! Isso é inacreditável não é? Infelizmente, no mundo de hoje, sim. Mas a história é verídica e foi veiculada nos mais importantes canais televisivos e radiofônicos. Rejaniel de Jesus Silva Santos e Sandra Regina Domingues ficaram famosos pela honestidade com que agiram.
    O ato desse casal representa a coragem de poucos, a saber, a dos honestos, dos que têm pudor, dos que merecem, de fato, andar de cabeça erguida em um país onde a corrupção e a desonestidade se tornam cada vez mais comuns. Por que agiram assim? O que ganhariam com isso? – é a pergunta que muitos de nós faríamos. Nada ganhariam em troca. Apenas quiseram ser honestos. Isso é magnífico! Em entrevista ao Jornal Folha de São Paulo, no dia 10 de julho, o maranhense se orgulha em declarar: "A minha mãe me ensinou que não devo roubar e se vir alguém roubando devo avisar a polícia. Se ela me assistir pela TV lá no Maranhão vai ver que o filho dela ainda é uma das pessoas honestas deste mundo".
       Agora é preciso que reflitamos a respeito da seguinte questão: “Qual seria a nossa atitude se estivéssemos no lugar daquele casal?”. “Lançaríamos mão da honestidade ou faríamos o contrário?”. “Os princípios cristãos prevaleceriam nesse momento tentador?”. Creio que estas perguntas confrontam a muitos de nós, certo? São nessas horas que provamos até onde valorizamos nossas convicções; até onde Cristo é importante para nós; até que ponto a sua Palavra é importante em nosso dia a dia. São nessas horas que demonstramos que, de fato, inculcamos em nossa mente o Sermão da Montanha pronunciado por Jesus, em cujos ensinos, aprendemos: Assim, em tudo, façam aos outros o que vocês querem que eles lhes façam (Mt 7:12a).
        Com o Evangelho aprendemos a fazer o bem. Ele nos ensina que se não o fizermos estaremos cometendo pecado (Tg 4:17). Em outras palavras, nada de “puxar o tapete” do outro; nada de pisar nas pessoas; nada de desprezar o próximo. É hora de mostrarmos porque somos sal e luz deste mundo. É tempo de pregarmos o Evangelho de Cristo por meio de nossas atitudes exemplares. Desse modo, as pessoas poderão dizer: “Ainda há pessoas honestas nesse país”. E nós, a semelhança do velho morador de rua, afirmar: “Sou uma das pessoas honestas desse mundo”.

Ms. Jailton Sousa Silva.