terça-feira, 7 de agosto de 2012

Uma herança maldita


Ninguém, em seu perfeito juízo, gosta de falar dela, muito menos de presenciá-la. Quem dera fosse esta apenas mais uma personagem fictícia como aquelas das histórias infantis, mas não é. A morte é uma realidade presente e se apresenta todos os dias a muita gente no mundo. Pode até demorar, mas inevitavelmente a maioria de nós (nem todos dormiremos, diz a Bíblia em 1Co 15:51), de alguma forma, nos depararemos, obrigatoriamente, com este mal iminente. Nas palavras inspiradas do escritor de Eclesiastes, Todos vão para o mesmo lugar; vieram todos do pó, e ao pó todos retornarão (Ec 3:20).
Assim sendo, não adianta fugirmos. A fuga, nesse caso, é inútil. Não há escapatórias. Ao ser humano cabe nascer, crescer, reproduzir, envelhecer e, finalmente, morrer. Este é o curso natural da vida. É até melancólico afirmar isso, mas a morte faz parte deste curso natural. Todavia, nem sempre foi assim. No princípio o homem era imortal. E isso não é ficção, é fato. Os nossos ancestrais, Adão e Eva, experimentaram a imortalidade. Contudo, eles mesmos a rejeitaram ao comerem do fruto proibido por Deus (Gn 3:6). Ao agirem assim, receberam como herança não mais vida eterna, mas morte (Gn 3:3). Paulo reforça esta ideia afirmando que quando Adão pecou, o pecado entrou na raça humana inteira. O pecado dele espalhou a morte pelo mundo todo, de modo que todas as coisas começaram a envelhecer e morrer, porque todos pecaram. (Rm 5:12 –Bíblia Viva)
A morte, portanto, não passa de uma intrusa em nossa história. Não fomos criados para a morte, mas para a vida. É por isso que nunca nos conformaremos com a perda de um ente querido. Mesmo sabendo que este poderá vir a dormir em Cristo, as lágrimas não deixarão de cair. Mesmo tendo poder de ressuscitar a Lázaro, Jesus chorou por ele (Jo 11:35). A morte causa tristeza e profunda dor. Mas precisamos encará-la. Não podemos nos deixar abater por ela. Devemos olhá-la através de uma lente diferente. Quem crê em Jesus sabe do que estou falando. Refiro-me a atitude de Paulo em afirmar: Porque para mim o viver é Cristo, e o morrer é ganho (Fp 1:21). Quem conhece a Jesus, tem esperança. Sabe que a morte não é o fim da linha, pois crê na ressurreição dos justos por intermédio da volta de Cristo. Certo estava o apóstolo quando escreveu: Porque para mim tenho por certo que as aflições deste tempo presente não são para comparar com a glória que em nós há de ser revelada (Rm 8:18). Graças a Deus a morte não é uma punição definitiva!
Assim como a morte, não esqueçamos de que a vida também é uma realidade. Que tal a aproveitarmos? De que maneira? Fazendo o bem, amando o próximo, cuidando do outro, buscando obter uma comunhão com o Criador. É importante fazermos isso agora, o quanto antes. A Bíblia fala sem rodeios que tudo quanto te vier à mão para fazer, faze-o conforme as tuas forças, porque na sepultura, para onde tu vais, não há obra, nem indústria, nem ciência, nem sabedoria alguma (Ec 9:10). Portanto, faça algo para Deus. Não fique com os braços cruzados. Ao contrário, coloque-se a disposição do Senhor como um instrumento a ser usado por ele. Faça isso enquanto há tempo.

Ms. Jailton Sousa Silva. 

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Deixe o seu comentário!!!