quinta-feira, 8 de fevereiro de 2018

Santa Ceia: a celebração da santidade

Texto base: 1 Co 10:21.

A Ceia do Senhor é uma celebração. Apesar de ser memorial da morte de um inocente, um evento aparentemente triste, a Ceia é um momento de festa por causa dos benefícios que essa morte nos trouxe. A morte de Jesus nos salvou da ira de Deus e nos libertou do domínio do pecado. Por isso, a Ceia do Senhor é uma festa para nós. 

A Ceia do Senhor, porém, não é uma festa carnal, mas espiritual. É a celebração da santidade. Nela, nós não buscamos alimentar os prazeres e os desejos da carne; buscamos fortalecer os laços com o Espírito de Deus.  A Ceia do Senhor não é uma comemoração pelo que ganhamos nessa terra; mas uma celebração pelo que conquistamos no céu, por meio de Jesus; é uma festa santa e quem dela participa deve ser santo. 

Dois motivos sugerem que a Ceia do Senhor é uma celebração da santidade.  
O primeiro motivo é que:

A ceia do Senhor exige uma decisão drástica

1 Co 10:14: Por isso, meus amados irmãos, fujam da idolatria.

No contexto desse versículo, fugir da idolatria significa afastar-se das festas idólatras. Paulo estava orientando aos cristãos da cidade de Corinto a não participarem das festas pagãs e, depois, participarem da Ceia do Senhor. Aqui não tem essa de ficar em cima do muro: ou é ou não éEsta é a decisão que eles tinham de tomar: abandonar as festas idólatras.[1] Por que eles precisavam fazer isso? Porque a Ceia é uma festa cristocêntrica. O v. 16 diz que participar da Ceia é participar do corpo de Cristo. As festas pagãs exaltavam os deuses gregos da antiguidade: Afrodite, Diana, Júpter, Cíbeles, etc. Mas na Ceia não há espaço para nenhum deles.

Aqui, somente Cristo é exaltado. O v. 17 afirma que há somente um pão. Na Ceia não partimos o corpo de Maria, de Moisés, de Paulo. O pão da Ceia simboliza somente o corpo de Jesus. O vinho da Ceia simboliza somente o sangue de Jesus: pois, há somente um pão. Quer participar da Ceia do Senhor? Afaste-se da idolatria; isso é ser santo.

Os cristãos deviam abandonar as festas idólatras, também porque a Ceia não é um sacrifício de tolo. O v. 19 diz que o sacrifício aos ídolos é vão; é nada; os ídolos são nada; eles nada podem fazer por você. Nada! O v. 20 afirma que o que os pagãos sacrificam é oferecido aos demônios e não a Deus. Quem faz uma promessa para um ídolo, está fazendo aos demônios e não a Deus. Quem se prostra perante a um ídolo, a uma imagem, está se curvando aos demônios, não a Deus.

Quem está por trás das festas dos ídolos são os demônios! Quem está por trás das curas e dos prodígios atribuídos aos ídolos são os demônios, não Deus. O carnaval é uma festa pagã, dedicada ao deus Momo, que na mitologia grega, era o deus do sarcasmo e do delírio.[2] Nessa época, simbolicamente, as chaves de muitas cidades são entregues a esse deus. Noutras palavras, são entregues aos demônios. Quem está por trás do carnaval? Os demônios! 

O v. 18 sugere que os que comem dos sacrifícios, também participam do altar. Quando participamos do pão e do vinho, nos identificamos com tudo o que a morte de Cristo significa. Mas quando participamos da refeição das festas pagãs, do carnaval, dos círios de Nazaré, das celebrações da Umbanda, nos tornamos parceiros dos demônios.[3] A ceia, entretanto, não é um sacrifício de tolo pois, nela, celebramos o sacrifício do Deus Filho. Quem participa da Ceia tem comunhão com Cristo! Aqui é o melhor lugar para estarmos porque é onde Deus está!

A ceia do Senhor é uma festa santa porque exige uma decisão drástica e, também, porque:

A ceia do Senhor exige uma escolha definitiva

1 Co 10:21 diz assim: Vocês não podem beber do cálice do Senhor e do cálice dos demônios; não podem participar da mesa do Senhor e da mesa dos demônios

Não seja um cristão bipolar: que adora participar da igreja e do mundo; do céu e do inferno. Você precisa escolher: ou a Ceia do Senhor ou a refeição dos demônios; ou o céu ou o lago de fogo; ou a vida ou a morte. A escolha é sua.

Dois conselhos:

Primeiro: Não escolha o cálice e a mesa dos demônios.

Na mesa dos demônios há perversão. Tudo é permitido; todo mundo pega todo mundo; Homem fica com homem; mulher com mulher. A troca de casais é permitida; a nudez é incentivada e o sexo é banalizado; casamentos são desfeitos.

Na mesa dos demônios há morte. Muitos morrerão embriagados, assassinados, eletrocutados; outros se envolverão, pela primeira vez, com o tráfico, com as drogas, com o álcool. 

Na mesa dos demônios há choro e lamento; há perdas irreparáveis. Portanto, atente para este segundo conselho:

Prefira o cálice e a mesa do Senhor.

Na mesa do Senhor há comunhão verdadeira. Aqui, somos um só corpo, mesmo sendo muitos. Na Santa Ceia há unidade na diversidade; há um só Cabeça: Cristo.

Na mesa do Senhor há regozijo verdadeiro. Aqui lembramos da morte de Jesus e celebramos a salvação que ela nos trouxe. Somos livres em Cristo! Somos mais que vencedores em Jesus!

O choro aqui é de alegria pela salvação e o lamento é de tristeza pelo pecado; é um lamento de arrependimento; é um regozijo de liberdade.

Na mesa do Senhor há vida. Disse Jesus em Jo 6:35: ... Eu sou o pão da vida. Aquele que vem a mim nunca terá fome; aquele que crê em mim nunca terá sede.

Conclusão: O Senhor é o anfitrião de sua ceia e convida seus seguidores a participar de sua mesa. E porque a Ceia é a celebração da santidade, ela não tem absolutamente nada em comum com a mesa dos demônios.[4] Em santidade, participaremos, agora, dessa festa maravilhosa.


Jailton Sousa Silva, Pr. 




Referências bibliográficas

BRUCE, F. F. Comentário Bíblico NVI: Antigo e Novo Testamento. Tradução: Valdemar Kroker. São Paulo: Vida, 2009.

WILLIAMS, J. Rodiman. Teologia sistemática: uma perspectiva pentecostal. Tradução: Sueli Saraiva e Lucy Hiromi Kono Yamakami. São Paulo: Vida, 2011.



[1] Bruce (2009:1899).
[2] Qual a origem do Rei Momo: https://mundoestranho.abril.com.br/cultura/qual-a-origem-do-rei-momo/, acessado em 08/02/2018.
[3] Idem 1.
[4] Williams (2011:955). 

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