Texto base: 1 Co
10:21.
A Ceia do Senhor é uma celebração.
Apesar de ser memorial da morte de um inocente, um evento aparentemente triste,
a Ceia é um momento de festa por causa dos benefícios que essa morte nos trouxe. A morte de Jesus nos salvou da
ira de Deus e nos libertou do domínio do pecado. Por isso, a Ceia do Senhor é
uma festa para nós.
A Ceia do Senhor, porém, não é uma
festa carnal, mas espiritual. É a celebração da santidade. Nela, nós não buscamos
alimentar os prazeres e os desejos da carne; buscamos fortalecer os laços com o
Espírito de Deus. A Ceia do Senhor não é uma
comemoração pelo que ganhamos nessa terra; mas uma celebração pelo que conquistamos
no céu, por meio de Jesus; é uma festa
santa e quem dela participa deve ser santo.
Dois motivos sugerem que a Ceia do
Senhor é uma celebração da santidade.
O primeiro motivo é que:
A
ceia do Senhor exige uma decisão drástica
1 Co 10:14: Por isso, meus amados irmãos, fujam da
idolatria.
No contexto desse versículo,
fugir da idolatria significa afastar-se das festas idólatras. Paulo estava orientando aos
cristãos da cidade de Corinto a não participarem das festas pagãs e, depois,
participarem da Ceia do Senhor. Aqui não tem essa de ficar em cima do muro: ou é ou não é. Esta é a decisão que eles tinham
de tomar: abandonar as festas idólatras.[1] Por que eles precisavam
fazer isso? Porque
a Ceia é uma festa cristocêntrica. O v. 16 diz que participar
da Ceia é participar do corpo de Cristo. As festas pagãs exaltavam os deuses gregos
da antiguidade: Afrodite, Diana, Júpter, Cíbeles, etc. Mas na Ceia não há
espaço para nenhum deles.
Aqui, somente Cristo é
exaltado. O v. 17 afirma que há somente
um pão. Na Ceia não partimos o corpo de Maria, de Moisés, de Paulo. O pão
da Ceia simboliza somente o corpo de Jesus. O vinho da Ceia simboliza somente o
sangue de Jesus: pois, há somente um
pão. Quer participar da Ceia do
Senhor? Afaste-se da idolatria; isso é ser santo.
Os cristãos deviam abandonar
as festas idólatras, também porque a Ceia
não é um sacrifício de tolo. O v. 19 diz que o sacrifício
aos ídolos é vão; é nada; os ídolos são nada; eles nada podem fazer por você. Nada! O v. 20 afirma que o que os pagãos sacrificam é oferecido aos
demônios e não a Deus. Quem faz uma promessa para um
ídolo, está fazendo aos demônios e não a Deus. Quem se prostra perante a um
ídolo, a uma imagem, está se curvando aos demônios, não a Deus.
Quem está por trás das festas dos
ídolos são os demônios! Quem está por trás das curas e dos prodígios atribuídos
aos ídolos são os demônios, não Deus. O carnaval é uma festa pagã,
dedicada ao deus Momo, que na mitologia grega, era o deus do sarcasmo e do
delírio.[2] Nessa época, simbolicamente,
as chaves de muitas cidades são entregues a esse deus. Noutras palavras, são
entregues aos demônios. Quem está por trás do
carnaval? Os demônios!
O v. 18 sugere que os que comem dos sacrifícios, também
participam do altar. Quando participamos do pão e
do vinho, nos identificamos com tudo o que a morte de Cristo significa. Mas quando
participamos da refeição das festas pagãs, do carnaval, dos círios de Nazaré,
das celebrações da Umbanda, nos tornamos parceiros dos demônios.[3] A ceia, entretanto, não é um sacrifício de
tolo pois, nela, celebramos o sacrifício do Deus Filho. Quem participa da Ceia
tem comunhão com Cristo! Aqui é o melhor lugar para estarmos porque é onde Deus está!
A ceia do Senhor é uma festa
santa porque exige uma decisão drástica e, também, porque:
A
ceia do Senhor exige uma escolha definitiva
1 Co 10:21 diz assim: Vocês não podem beber do cálice do Senhor e
do cálice dos demônios; não podem participar da mesa do Senhor e da mesa dos
demônios.
Não seja um cristão bipolar:
que adora participar da igreja e do mundo; do céu e do inferno. Você precisa
escolher: ou a Ceia do Senhor ou a refeição dos demônios; ou o céu ou o lago de
fogo; ou a vida ou a morte. A escolha é sua.
Dois conselhos:
Primeiro:
Não escolha o cálice e a mesa dos demônios.
Na mesa dos demônios há
perversão. Tudo é permitido; todo mundo pega todo mundo; Homem fica com homem;
mulher com mulher. A troca de casais é permitida; a nudez é incentivada e o
sexo é banalizado; casamentos são desfeitos.
Na mesa dos demônios há morte.
Muitos morrerão embriagados, assassinados, eletrocutados; outros se envolverão,
pela primeira vez, com o tráfico, com as drogas, com o álcool.
Na mesa dos demônios há choro
e lamento; há perdas irreparáveis. Portanto, atente para este segundo conselho:
Prefira
o cálice e a mesa do Senhor.
Na mesa do Senhor há comunhão
verdadeira. Aqui, somos um só corpo, mesmo sendo muitos. Na Santa Ceia há unidade
na diversidade; há um só Cabeça: Cristo.
Na mesa do Senhor há regozijo
verdadeiro. Aqui lembramos da morte de Jesus e celebramos a salvação que ela
nos trouxe. Somos livres em Cristo! Somos mais que vencedores em Jesus!
O choro aqui é de alegria pela
salvação e o lamento é de tristeza pelo pecado; é um lamento de arrependimento;
é um regozijo de liberdade.
Na mesa do Senhor há vida.
Disse Jesus em Jo 6:35: ... Eu sou o pão
da vida. Aquele que vem a mim nunca terá fome; aquele que crê em mim nunca terá
sede.
Conclusão: O Senhor é o anfitrião de sua
ceia e convida seus seguidores a participar de sua mesa. E porque a Ceia é a
celebração da santidade, ela não tem absolutamente nada em comum com a mesa dos
demônios.[4] Em santidade, participaremos,
agora, dessa festa maravilhosa.
Jailton Sousa Silva, Pr.
Referências
bibliográficas
BRUCE, F. F. Comentário Bíblico NVI: Antigo e Novo
Testamento. Tradução: Valdemar Kroker. São Paulo: Vida, 2009.
WILLIAMS, J. Rodiman. Teologia sistemática: uma perspectiva
pentecostal. Tradução: Sueli Saraiva e Lucy Hiromi Kono Yamakami. São
Paulo: Vida, 2011.
[1] Bruce
(2009:1899).
[2]
Qual a origem do Rei Momo: https://mundoestranho.abril.com.br/cultura/qual-a-origem-do-rei-momo/,
acessado em 08/02/2018.
[3] Idem 1.
[4]
Williams (2011:955).
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