terça-feira, 27 de setembro de 2011

Será Que Estou Morto?

Possivelmente, você já se deparou com a seguinte pergunta: “Você tem medo da morte?” Esse questionamento é por si só, impactante. Viver é bom e prazeroso. É na vida que mentalizamos os nossos maiores sonhos, aquilo que almejamos acontecer em nossa história. Mas a morte é horrível. Ela é medonha e interrompe qualquer sonho de um futuro promissor nesta realidade.

Contudo, torna-se necessário atentarmos para uma importante verdade: Muitos, por mais que tenham medo da morte, já estão mortos. Como pode ser isso? – alguém poderia perguntar. Obviamente, estamos nos referindo à morte espiritual. Logo, têm todo sentido as palavras de Paulo: Ele vos deu vida, estando vós mortos nos vossos delitos e pecados (Ef 2:1 – grifo meu). É isso que somos ao nascer: mortos! À semelhança do filho perdido mencionado numa parábola contada por Jesus, muitos estão mortos (cf. Lc 15:24). O clamor do apóstolo ainda é possível de se ouvir no ecoar das vozes de muitos pecadores: Miserável homem que eu sou! Quem me livrará do corpo desta morte?  (Rm 7:24). Paulo está se referindo à natureza pecaminosa que faz parte de todo ser humano. Essa natureza o estava maltratando, pois diversas vezes levava-o a fazer coisas que ele aborrecia e a deixar de fazer o que aprovava (Rm 7:15).

Se nascemos mortos, necessariamente devemos nascer de novo. Isso não significa dizer que a natureza pecaminosa que há em nós, nos deixará. Porém, ela não mais nos dominará. O que Jesus disse a Nicodemos é extensivo a todos: ...se alguém não nascer de novo, não pode ver o reino de Deus (Jo 3:3). Assim, os “mortos não vêem, isto é, eles não vêem o Reino de Deus como um desejo supremo. Parece-lhes algo tolo, mítico ou maçante. Por isso, não podem ‘entrar no Reino de Deus’ (3.5)”.[1]

Será que estou morto? Esta pergunta deve ser feita por cada pessoa. Todos precisam refleti-la. Se a resposta for positiva, o que fazer? Paulo disse: Ele vos deu vida... (Ef 2:1). Ele quem? Deus! Este, por intermédio da morte de Cristo, nos faz nascer de novo e nos torna novas criaturas (2 Co 5:17). Portanto, o melhor a se fazer é correr para os seus braços. Ele nos dá nova vida!

Ms. Jailton Sousa Silva


[1]  Piper, John. O que Jesus espera de seus seguidores: mandamentos de Jesus ao mundo. São Paulo: Editora Vida, 2008, p.39. 

segunda-feira, 12 de setembro de 2011

Deus se importa

(…) em verdade vos digo que esta pobre viúva depositou mais do que todos os que depositaram na arca do tesouro. (Mc 12.43)


O Deus a quem servimos não é morto. Não é fruto da nossa imaginação ou de uma crendice popular.

O Deus a quem servimos também não está longe. Não vive distante do mundo. Não nos abandonou à nossa própria sorte.

O Deus a quem servimos está vivo e está perto. Ele nos enxerga quando todos viram o rosto para nós. Ele nos ouve quando todos nos ignoram. Ele é o Deus que se importa.

Para que ou para quem as atenções de Deus estão voltadas? É o que veremos agora.

Em primeiro lugar,

Deus se importa com o adorador que se achega a ele.

“A classe das viúvas” sempre foi uma das mais sofridas do mundo antigo. Em nossos dias, já não é tão fácil para uma viúva sobreviver, imagine então, naquela época, onde uma viúva, não desfrutava dos benefícios da aposentadoria, o que é muito comum e necessário em nossos dias.

Mas a necessidade financeira não era a única dificuldade que uma viúva enfrentava. Ela também era vítima do preconceito.

Se uma viúva não tivesse filho, era desonrada pela sociedade. Mas essa classe tão discriminada e desvalorizada pelos homens tornou-se centro da preocupação de Deus. Ele, mais do que ninguém, demonstrou cuidado em ampará-las. O salmista declara: “Pai dos órfãos e juiz das viúvas é Deus em sua santa morada”. (Sl 68.5).

O v.42 diz: Vindo, porém, uma viúva pobre. É assim que Marcos menciona esta mulher.

Marcos não diz o nome dela. É anônima. Há muitos anônimos na igreja que sequer são percebidos.

Há adoradores que entram e saem de algumas igrejas sem receberem, sequer, uma saudação pelos membros. Não se conhece o nome, onde moram, de onde vem.

Estão dentro do corpo, mas ao mesmo tempo, à margem dele.

Por outro lado, ela é a personagem mais visada do texto. A história se desenrola em torno dela!

Não importa quem somos. Podemos ser meros anônimos. O nosso nome pode não ter muito peso na sociedade. Mas Deus se importa conosco!

Deus se importa com gente. Se importa com adoradores. Deus se preocupa também com os desfavorecidos.



Em segundo lugar,

Deus se importa com o tipo de adoração que oferecemos a ele.

A Biblia cita algumas viúvas para nos ensinar lições da vida cristã. Com as viúvas, dentre outras coisas, aprendemos a buscar a justiça e a perseverar na intercessão (Lc 18.1-5); a ser caridosos (Tg 1.27; At 9.39) e a dar o melhor de nós a Deus (Mc 12. 41-44).

O v.41 mostra que quantias enormes de dinheiro eram ofertadas. ¹Os ricos chamavam a atenção para as suas ofertas fazendo um grande espetáculo quando depositavam o seu dinheiro.

Sabiam estes, que estavam impressionando a muitas pessoas com tal atitude, mas nem imaginavam que estavam sendo reprovados por Deus. Para Cristo não importa a quantidade da sua oferta, mas a qualidade dela; não importa se é ouro ou prata, mas se provém da preciosidade de um coração puro.

Deus se importa com a sinceridade dos adoradores. Deus não olha para o peso do ouro, mas para a pureza do coração.

A viúva pobre depositou apenas duas humildes moedas, as quais eram tudo o que tinha e cujo valor era insignificante, mas que era enriquecida por uma adoração sincera.

 Esta oferta não consistia de soberba, mas da vontade de adorar a Deus em espírito e em verdade. Mesmo pobre era rica, pois “… esta pobre viúva depositou mais do que todos os que depositaram na arca do tesouro” (v. 43).

Aos olhos de Deus, o torna uma pessoa rica não é o dinheiro, os bens que ela possui, mas o caráter que ela preserva.

Cristo observa a nossa oferta e vê a quantia que depositamos todos os dias diante Dele. Afinal, ele é onisciente.

Todavia, isso não é garantia de que Ele vai aceitá-la. Se a nossa oferta, a nossa adoração e a nossa oração forem sinceras e desejosas de agradar a Deus, certamente serão aceitas.

Não precisamos mostrar a ninguém o que fazemos para Deus, apenas devemos fazer com amor. Tudo o que fizermos para Cristo, façamos não com segundas intenções, mas por gratidão a tudo que Ele é, fez e faz por nós.


Ms. Jailton Sousa Silva

segunda-feira, 5 de setembro de 2011

TUDO OU NADA

          Ninguém pode servir a dois Senhores; porque ou há de aborrecer-se de um e amar ao outro, ou se devotará a um e desprezará ao outro. Não podeis servir a Deus e às riquezas. (Mt 6:24)

Para o ser humano, obviamente não é possível, pelas leis da física, estar em dois lugares ao mesmo tempo. Mas possuir duas coisas ao mesmo tempo, sim. Uma mãe pode dar a luz à duas crianças de uma só vez; Uma criança pode possuir dois brinquedos idênticos de uma só vez; Pode-se ter dois carros na garagem, etc. Porém, de acordo com as palavras de Cristo, não se pode servir a dois senhores. E por que não? Pelo fato de Ele exigir do ser humano inteira exclusividade.
Cristo não divide a sua glória com nenhum ser animado ou inanimado. O primeiro mandamento da Lei de Deus diz: Não terás outros deuses diante de mim (Êx 20:13). Servir a Cristo deve ser o prazer daqueles que por ele foram salvos. Atente para um fato importante: O primeiro mandamento da lei de Deus não é a única passagem bíblica que expressa o dever da exclusividade a Cristo, visto ser ele Deus. Pedro disse a respeito de Jesus que não há salvação em nenhum outro (At 4:12a). Judas diz que ele é o único Soberano e Senhor (v.4).
Portanto, não permitamos que nada em nossa vida esteja acima de Jesus. Deixemos que este tenha a primazia em nossa adoração. Em outras palavras, que o dinheiro, a posição social, o emprego, o carro, a casa, a família e os planos não substituam a pessoa de Cristo, pois ele não só merece, mas também exige a adoração exclusiva.

Ms. Jailton Sousa Silva 

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