Sermão Para Hoje
Lâmpada para os meus pés é a tua Palavra, e luz para o meu caminho.(Salmos 119:105)
quinta-feira, 16 de abril de 2020
quarta-feira, 23 de outubro de 2019
O princípio da fidelidade e a devolução
Texto:
Malaquias 3:10
Introdução:
Devolução implica em restituir
a alguém algo que lhe pertence. No contexto relacionado à igreja, a palavra
devolução está intimamente associada, dentre outras coisas, à entrega do
dízimo. A palavra “dízimo” é a décima parte de um todo. Em outras palavras,
dízimo é a décima parte do que Deus nos concede e que deve ser devolvida a ele,
como um ato de adoração, gratidão e obediência, em reconhecimento de que tudo
lhe pertence. O dízimo não se trata de algo
que a igreja inventou, mas de um princípio perpétuo estabelecido por Deus em
sua Palavra. O dízimo não é opcional para os cristãos, mas um mandamento que
deve ser levado a sério.
Dizimar é parte do princípio da fidelidade. Quanto a
esse princípio, devemos analisar três lições importantes. Vamos à primeira.
1. No
princípio da fidelidade, a devolução é legítima.
Será que o dízimo continua
sendo válido para os cristãos de hoje? Será que o dízimo ainda faz parte da
nossa fidelidade diante de Deus? A resposta para ambas as perguntas é sim: O
dízimo é válido para os dias de hoje e inclui a nossa fidelidade a Deus. O dízimo é válido porque é
anterior à lei. A primeira referência bíblica a alguém entregando o dízimo está
em Gênesis. Abrão entregou o dízimo de tudo que possuía a Melquisedeque,
sacerdote do Deus Altíssimo (Gn 14:18-20). Nessa época, a lei de Deus ainda não
havia sido estabelecida. Abrão devolvia o dízimo porque sabia que tudo pertence
ao Senhor e queria agradecê-lo pelas vitórias conquistadas.
Se você alcançou suas
conquistas, não pense que você o fez por suas próprias forças. Deus esteve
contigo na luta. Ele te deu capacidade para estudar, trabalhar e prosperar.
Portanto, não deixe de ser fiel a ele. Se Deus o ajudou até aqui, não retenha
aquilo que é dele por pensar que lhe faltará o pão de cada dia, a roupa para
vestir, o calçado para os pés. O dízimo é válido porque foi
incluído na lei de Deus. A décima parte das colheitas, dos frutos e dos animais
devia ser entregue ao Senhor. O texto de Lv 27:30 afirma que: ... todas as
dízimas do campo, da semente do campo, do fruto das árvores são do SENHOR;
santas são ao SENHOR. Pela lei, a décima parte da
nossa renda, não nos pertence. Não cabe a nós administrá-la.
A décima parte da
nossa renda é do Senhor. A nossa responsabilidade é devolver a Deus o que lhe
pertence. Ao receber o salário do suor do seu rosto, do trabalho que dignifica
o homem e a mulher, separe e devolva primeiramente a décima parte que pertence
ao Senhor. Não caia no erro de tomar para
si o dízimo. Se fizermos isso, estaremos pecando gravemente, como diz o texto
de Malaquias 3:8: Roubará o homem a Deus? Todavia, vós me roubais e dizeis:
Em que te roubamos? Nos dízimos e nas ofertas alçadas.
Não devolver o dízimo é
pecado; usar o dízimo para fins pessoais é pecado. Jesus disse que a prática do
dízimo deveria ser cumprida. Sobre ela, ele alertou em Mt 23:23: ... deveis
fazer estas coisas, sem omitir aquelas. Jesus estava afirmando que os
escribas e fariseus deveriam praticar a justiça, a misericórdia e a fé, que são
importantes, sem esquecer o dízimo, que também é importante. Precisamos, em
nossos dias, ser justos, misericordiosos e convictos, sem jamais deixarmos de
ser fiéis. Analisemos agora a segunda
lição sobre o princípio da fidelidade.
2. No
princípio da fidelidade, a devolução é necessária.
Devolver o dízimo é
necessário. Se quisermos que a obra de Deus seja mantida, precisamos fazer
isso. Quando a terra de Canaã foi dividida entre as tribos de Israel, a tribo
de Levi não teve participação nessa divisão, porque Deus já a tinha escolhido
para servir exclusivamente no tabernáculo. Os levitas, portanto, seriam
sustentados pelos dízimos. Quem ordenou isso foi o próprio Deus em Nm 18:21,
que afirma: Aos filhos de Levi dei todos os dízimos em Israel por herança,
pelo serviço que prestam, serviço da tenda da congregação. Somente os
sacerdotes e os levitas tinham o direito de receber esses dízimos.
No Novo Testamento, com o
surgimento da igreja e o fim do ministério levítico, o mesmo dízimo passou a
ser destinado à manutenção da igreja. Para cumprir a missão de Deus no mundo,
ela conta com a contribuição dos cristãos, por meio de dízimos e ofertas. Não é
a bondade dos governos que sustenta a igreja, mas sim, a fidelidade dos
crentes, com a bênção de Deus. A sua fidelidade na devolução
do dízimo garantirá o sustento daqueles que se dedicam exclusivamente ao
anúncio do reino. Em 1 Coríntios 9:14, Paulo diz que o Senhor ordenou que os
que anunciam o evangelho vivam do evangelho. O texto está tratando de pessoas
que se dedicam exclusivamente a essa tarefa.
Se você almeja que os nossos
pastores, missionários e missionárias desempenhem bem o seu papel na divulgação
do reino de Deus na terra, seja fiel na devolução daquilo que pertence ao
Senhor. Se você almeja que a igreja
tenha recursos suficientes para manter seus compromissos de forma honesta e
pontual perante os órgãos governamentais, devolva fielmente aquilo que pertence
ao Senhor. Se você almeja que a bênção da
prosperidade seja visível na igreja em que você congrega, seja fiel na
devolução dos dízimos e das ofertas. O princípio da devolução é necessário. Seja
consciente disso. Deus abençoa a sua vida para que você, por meio da sua
fidelidade, abençoe a obra dele.
Conclusão: Seja
fiel ao Senhor na devolução dos dízimos. Mas não faça isso no intuito de se
exaltar diante das pessoas, mas de reconhecer que Deus é Senhor e legítimo
proprietário de todas as coisas. Além disso, entregue o seu dízimo como forma
de agradecer a Deus por lhe permitir usar aquilo que é dele, exigindo apenas a
décima parte. Não é só o dízimo que pertence
ao Senhor; a Bíblia diz que tudo é dele (Sl 24:1). Os 90% que administramos
também pertencem ao Senhor. Oremos para que o princípio da fidelidade seja
constante em nossa vida.
Jailton Sousa Silva, Pr.
Fonte:
Sermão adaptado da lição bíblica nº 317: o cristão e o dinheiro, pgs.
27-32.
domingo, 18 de fevereiro de 2018
Em busca da Palavra
Introdução: Com a construção dos muros de
Jerusalém, os israelitas conseguiram se organizar social e materialmente.
Jerusalém não era mais uma vergonha; agora havia guardas sobre ela (Ne 7:3). As pessoas haviam se estabelecido
ali (v.73); elas tinham segurança militar, segurança econômica e um governo
sólido. Será que tudo isso lhes era suficiente? Será que dinheiro, conforto,
estrutura é tudo que precisamos? Ter um carro do ano pode ser
bom, mas não é suficiente; ter uma graduação, mestrado, doutorado, MBA, em
alguma área do conhecimento humano é maravilhoso, mas não é o suficiente; ter
uma conta bancária generosa é melhor ainda, mas também não é suficiente. Nas palavras de Cristo, que adianta ao homem ganhar o mundo inteiro,
e perder-se ou destruir a si mesmo? (Lc 9:25).
Não adianta possuirmos
tesouros na terra, se nada tivermos no céu; sermos recebidos pelos
homens e rejeitados por Deus. Os israelitas haviam passado
por uma reforma estrutural, organizacional e econômica, mas ainda lhes faltava
uma reforma espiritual. Haviam sofrido uma mudança externa, mas agora tinham de
passar por uma reforma no coração. Como essa reforma espiritual
seria possível? Como ela aconteceria? Por meio da Palavra de Deus. Se quisermos
ter uma espiritualidade sadia e sermos cristãos de verdade, precisamos buscar a
Palavra. Como deve ser essa busca?
Em primeiro lugar,
A
busca da Palavra precisa ser interessada.
O primeiro versículo do cap.8
de Neemias, começa dizendo que todo o
povo se ajuntou como um só homem na praça, para ouvir a leitura do livro da
Lei.
Eles não se juntaram ali
porque queriam promessas de prosperidade, de enriquecimento, mas porque
almejavam saber a vontade de Deus. O foco era a Palavra, não a pessoa do lado; queriam
ouvir a verdade. Como está escrito: e
conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará (Jo 8:32). Em Jerusalém, o interesse que
havia pela Palavra era coletivo. O v.2 afirma que a congregação era formada tanto de homens, como de mulheres e de todos
os que eram capazes de entender o que ouviam. Ninguém queria deixar passar
a oportunidade de ouvir Deus falar.
Há um desinteresse pela
Palavra em nossos dias que é de doer o coração. Se a Palavra não falar o que as
pessoas querem ouvir, então não lhes interessa. As pessoas querem ouvir Deus
falar não o que ELE tem para falar, mas o que elas querem que ele fale. Há um desinteresse sem
precedentes pela Escola Bíblica. Na escola bíblica eu aprendo ser cristão;
aprendo a ler a Bíblia; conheço a vontade de Deus. Muitos cristãos, porém, não
se importam mais com ela. Preferem a quentura dos
lençóis que o fogo do conhecimento; muitos dizem: “eu não vou à escola bíblica
porque acordo cansado”. Mas acordam cansados porque vão dormir 2h e 3h da
manhã, vendo besteira na internet.
Há muitos que há tempos só vão sábado para o culto, após às 10h, isto é, após o final da Escola Bíblica! Estes vegetam, semana após semana, na própria ignorância e na falta de
conhecimento bíblico.E os nossos músicos? Peço
perdão aos irmãos e irmãs que levam o louvor a sério, mas isso eu tenho falar. É muito feio. Não...pior: é
desrespeitoso quando após ministrarem o louvor na igreja, com mãos levantadas e
com vozes afinadas, os músicos, exemplos da igreja, abandonam o templo quando o
pregador sobe ao púlpito. Eles não querem ouvir Deus falar; a Palavra já não
lhes interessa.
Outros, preferem ficar no
celular. Enquanto o pregador transmite a mensagem do alto, eles ficam
hipnotizados pelas coisas da terra. Suas atenções se voltam para os joguinhos, para os
papos de grupo em algum aplicativo. Cadê o interesse e a
reverência à voz de Deus? É assim queremos ouvi-lo falar conosco? Você
falaria com alguém que não lhe desse atenção? No v. 5, Esdras abriu o livro
e todo o povo se pôs em pé. Isso é
reverência! É respeito! É temor!
Reverencie a Palavra! Preste
atenção à voz de Deus. Ele quer falar contigo meu irmão! Você pode achar que o
pregador não seja bom, mas ouça-o porque sendo ele bom ou não, a boca dele será
usada por Deus como uma flecha que perfurará o seu coração. Você pode não gostar do seu
professor de sábado, mas seja o primeiro a chegar na sala para ouvi-lo porque
será por meio dele que Deus te ensinará a ser crente; o pregador e o
professor nada são, mas a Palavra que eles pregam é poderosa. Ela salva,
liberta e restaura.
A busca pela Palavra deve ser
interessada. Além disso, em segundo lugar,
A
busca pela Palavra precisa ser prioritária.
No v.3 do cap. 8 de Neemias, está escrito que o
livro foi lido desde a alva até ao
meio-dia, perante os homens e mulheres e os que podiam entender; e todo o povo
tinha os ouvidos atentos ao Livro da Lei.
Duas situações aqui merecem
destaque. Primeiro: eles priorizaram o tempo. O texto diz que eles se juntaram desde a alva para ouvir a Palavra de
Deus. Ou seja, desde o amanhecer. As primeiras horas do dia; as
primícias do seu tempo foram dedicadas à Palavra. Eles a priorizaram. Até ao
meio dia eles ficaram no seu lugar, com seus ouvidos atentos. Não havia
dispersão, distração nem enfado. Havia fome da Palavra.[1] Quer um conselho? Priorize
tempo para a Bíblia. Não se preocupe, não precisa necessariamente deixar o
lazer de lado. Você vai poder assistir o seu filme favorito, a sua série
favorita. Mas você vai separar um tempo do dia para ouvir Deus falar contigo.
Você não vai se distrair com
nada. Se preciso, você vai se trancar no quarto, colocará uma plaquinha de “não
perturbe” e prestará atenção somente às sagradas
letras, que podem tornar-te sábio para a salvação pela fé em Cristo Jesus
(2 Tm 3:15). A outra situação que merece
destaque: eles priorizaram as energias. Eles não escolheram um horário
qualquer. A parte da manhã era o período em que eles estavam com mais
disposição e mais despertos. Para o povo, aquele horário era
o ideal para o cérebro absorver o conhecimento com mais proveito. Eles pouparam
as energias para aproveitarem mais a leitura da Bíblia feita pelo escriba Esdras.
Qual é o horário em que você
tem mais disposição para a leitura? É no período da manhã? Da tarde? Da noite?
Da madrugada? Seja qual for, dedique-o à leitura da Bíblia. Priorize o momento em que o
seu corpo estiver descansado e em que a sua mente estiver tranquila. Então,
abra a sua Bíblia, leia-a e reflita sobre a leitura. Por que você precisa priorizar
a leitura da Bíblia? Sl 1:2 diz que bem-aventurado é aquele em que o seu prazer está na lei do SENHOR, e na sua
lei medita de dia e de noite.
Você quer ter uma vida
abençoada por Deus? Busque a Palavra com interesse e prioridade; Queres ser restaurado pelo
Senhor? Ouça-o por meio da Palavra! Deixe-o te orientar; deixe-o te guiar. A
palavra é lâmpada para nossos pés e luz para os nossos caminhos (Sl 119:105).
Conclusão: O povo de Deus descrito em Neemias
8, tinha estrutura governamental e econômica, mas estava sedento. Desfrutava de
fartura por fora, mas por dentro, estava seco como um deserto. Somente a
Palavra preencheu o coração daquele povo. A busca da Palavra os fez entender a
vontade de Deus e lhes trouxe regozijo! A palavra de Deus pode preencher o
vazio da sua vida. Ela é a resposta verdadeira para aqueles que se encontram
desorientados e perdidos. Ela é a revelação pela qual Deus se dá a conhecer.
Busque-a com afinco; leia-a com interesse e priorize-a sempre. Ela fará toda
diferença na sua história!
Jailton Sousa Silva, Pr.
REFERÊNCIA
BIBLIOGRÁFICA
LOPES, Hernandes Dias. Neemias: o líder que restaurou uma nação.
São Paulo: Hagnos, 2006.
quinta-feira, 8 de fevereiro de 2018
Santa Ceia: a celebração da santidade
Texto base: 1 Co
10:21.
A Ceia do Senhor é uma celebração.
Apesar de ser memorial da morte de um inocente, um evento aparentemente triste,
a Ceia é um momento de festa por causa dos benefícios que essa morte nos trouxe. A morte de Jesus nos salvou da
ira de Deus e nos libertou do domínio do pecado. Por isso, a Ceia do Senhor é
uma festa para nós.
A Ceia do Senhor, porém, não é uma
festa carnal, mas espiritual. É a celebração da santidade. Nela, nós não buscamos
alimentar os prazeres e os desejos da carne; buscamos fortalecer os laços com o
Espírito de Deus. A Ceia do Senhor não é uma
comemoração pelo que ganhamos nessa terra; mas uma celebração pelo que conquistamos
no céu, por meio de Jesus; é uma festa
santa e quem dela participa deve ser santo.
Dois motivos sugerem que a Ceia do
Senhor é uma celebração da santidade.
O primeiro motivo é que:
A
ceia do Senhor exige uma decisão drástica
1 Co 10:14: Por isso, meus amados irmãos, fujam da
idolatria.
No contexto desse versículo,
fugir da idolatria significa afastar-se das festas idólatras. Paulo estava orientando aos
cristãos da cidade de Corinto a não participarem das festas pagãs e, depois,
participarem da Ceia do Senhor. Aqui não tem essa de ficar em cima do muro: ou é ou não é. Esta é a decisão que eles tinham
de tomar: abandonar as festas idólatras.[1] Por que eles precisavam
fazer isso? Porque
a Ceia é uma festa cristocêntrica. O v. 16 diz que participar
da Ceia é participar do corpo de Cristo. As festas pagãs exaltavam os deuses gregos
da antiguidade: Afrodite, Diana, Júpter, Cíbeles, etc. Mas na Ceia não há
espaço para nenhum deles.
Aqui, somente Cristo é
exaltado. O v. 17 afirma que há somente
um pão. Na Ceia não partimos o corpo de Maria, de Moisés, de Paulo. O pão
da Ceia simboliza somente o corpo de Jesus. O vinho da Ceia simboliza somente o
sangue de Jesus: pois, há somente um
pão. Quer participar da Ceia do
Senhor? Afaste-se da idolatria; isso é ser santo.
Os cristãos deviam abandonar
as festas idólatras, também porque a Ceia
não é um sacrifício de tolo. O v. 19 diz que o sacrifício
aos ídolos é vão; é nada; os ídolos são nada; eles nada podem fazer por você. Nada! O v. 20 afirma que o que os pagãos sacrificam é oferecido aos
demônios e não a Deus. Quem faz uma promessa para um
ídolo, está fazendo aos demônios e não a Deus. Quem se prostra perante a um
ídolo, a uma imagem, está se curvando aos demônios, não a Deus.
Quem está por trás das festas dos
ídolos são os demônios! Quem está por trás das curas e dos prodígios atribuídos
aos ídolos são os demônios, não Deus. O carnaval é uma festa pagã,
dedicada ao deus Momo, que na mitologia grega, era o deus do sarcasmo e do
delírio.[2] Nessa época, simbolicamente,
as chaves de muitas cidades são entregues a esse deus. Noutras palavras, são
entregues aos demônios. Quem está por trás do
carnaval? Os demônios!
O v. 18 sugere que os que comem dos sacrifícios, também
participam do altar. Quando participamos do pão e
do vinho, nos identificamos com tudo o que a morte de Cristo significa. Mas quando
participamos da refeição das festas pagãs, do carnaval, dos círios de Nazaré,
das celebrações da Umbanda, nos tornamos parceiros dos demônios.[3] A ceia, entretanto, não é um sacrifício de
tolo pois, nela, celebramos o sacrifício do Deus Filho. Quem participa da Ceia
tem comunhão com Cristo! Aqui é o melhor lugar para estarmos porque é onde Deus está!
A ceia do Senhor é uma festa
santa porque exige uma decisão drástica e, também, porque:
A
ceia do Senhor exige uma escolha definitiva
1 Co 10:21 diz assim: Vocês não podem beber do cálice do Senhor e
do cálice dos demônios; não podem participar da mesa do Senhor e da mesa dos
demônios.
Não seja um cristão bipolar:
que adora participar da igreja e do mundo; do céu e do inferno. Você precisa
escolher: ou a Ceia do Senhor ou a refeição dos demônios; ou o céu ou o lago de
fogo; ou a vida ou a morte. A escolha é sua.
Dois conselhos:
Primeiro:
Não escolha o cálice e a mesa dos demônios.
Na mesa dos demônios há
perversão. Tudo é permitido; todo mundo pega todo mundo; Homem fica com homem;
mulher com mulher. A troca de casais é permitida; a nudez é incentivada e o
sexo é banalizado; casamentos são desfeitos.
Na mesa dos demônios há morte.
Muitos morrerão embriagados, assassinados, eletrocutados; outros se envolverão,
pela primeira vez, com o tráfico, com as drogas, com o álcool.
Na mesa dos demônios há choro
e lamento; há perdas irreparáveis. Portanto, atente para este segundo conselho:
Prefira
o cálice e a mesa do Senhor.
Na mesa do Senhor há comunhão
verdadeira. Aqui, somos um só corpo, mesmo sendo muitos. Na Santa Ceia há unidade
na diversidade; há um só Cabeça: Cristo.
Na mesa do Senhor há regozijo
verdadeiro. Aqui lembramos da morte de Jesus e celebramos a salvação que ela
nos trouxe. Somos livres em Cristo! Somos mais que vencedores em Jesus!
O choro aqui é de alegria pela
salvação e o lamento é de tristeza pelo pecado; é um lamento de arrependimento;
é um regozijo de liberdade.
Na mesa do Senhor há vida.
Disse Jesus em Jo 6:35: ... Eu sou o pão
da vida. Aquele que vem a mim nunca terá fome; aquele que crê em mim nunca terá
sede.
Conclusão: O Senhor é o anfitrião de sua
ceia e convida seus seguidores a participar de sua mesa. E porque a Ceia é a
celebração da santidade, ela não tem absolutamente nada em comum com a mesa dos
demônios.[4] Em santidade, participaremos,
agora, dessa festa maravilhosa.
Jailton Sousa Silva, Pr.
Referências
bibliográficas
BRUCE, F. F. Comentário Bíblico NVI: Antigo e Novo
Testamento. Tradução: Valdemar Kroker. São Paulo: Vida, 2009.
WILLIAMS, J. Rodiman. Teologia sistemática: uma perspectiva
pentecostal. Tradução: Sueli Saraiva e Lucy Hiromi Kono Yamakami. São
Paulo: Vida, 2011.
[1] Bruce
(2009:1899).
[2]
Qual a origem do Rei Momo: https://mundoestranho.abril.com.br/cultura/qual-a-origem-do-rei-momo/,
acessado em 08/02/2018.
[3] Idem 1.
[4]
Williams (2011:955).
quinta-feira, 4 de fevereiro de 2016
terça-feira, 15 de setembro de 2015
União da Mocidade: O início
No dia 15 de setembro do ano
de 1945, aproximadamente 13 anos após o Pr. João Augusto da Silveira ser
batizado com o Espírito Santo, na cidade de Paulista-PE, surgiu a União da
Mocidade Adventista da Promessa ou, como se denominou na época, Grêmio Monte
Tabor. Esse departamento surgiu da
necessidade de os jovens unirem-se em torno dos mesmos objetivos cristãos.
Chama a atenção o fato de que
a União da Mocidade não surge de qualquer jeito. Regras são ali desenvolvidas[1]. Dentre elas, manutenção
da fé e da doutrina cristãs, com base na Palavra de Deus. É isso mesmo:
a Umap se interessava por doutrina.
A nossa convicção cristã só
é fortalecida quando há interesse e valorização na doutrina cristã. A igreja
primitiva observava a doutrina. Diz o texto de Atos 2:42: E perseveravam na doutrina dos apóstolos. A nossa geração é carente de
conhecimento e de convicções, mas em meio às trevas da ignorância, a Umap deve
se portar como luz do conhecimento.
Outra regra na criação da
Umap: Comunhão, fraternidade, sociabilidade entre todos. Somos uma união. Somos
dependentes uns dos outros. Deus quis assim, aliás, Deus quer assim. Nas
palavras de Cristo, reino divido se autodestrói. A igreja primitiva, sabendo disso,
perseverava também na comunhão e no
partir do pão. Somos unidos pela Cruz de
Cristo. Por seu sacrifício fomos, somos e seremos salvos. Estaremos unidos quando as tribulações vierem, mas juntos, moraremos com Deus e usufruiremos de
seu reino vindouro.
Por fim, a ultima regra
enfatizada na formação da Umap: a manutenção da moralidade. Setenta anos se passaram.
Muitos daqueles jovens que viveram os primeiros anos da Umap, não mais estão
entre nós. Os tempos também mudaram, o nome da União da Mocidade, mudou. O que jamais mudará, entretanto, são os
valores, os princípios e absolutos da Palavra. Deus foi e continua sendo o Deus
Santo e jamais mudará de lado. O nosso desafio é ser como ele. Santifiquemo-nos
a cada dia. Não nos conformemos com o pensamento e valores deste mundo.
A corrida continua.
Estejamos prontos. Sigamos as regras e sejamos perseverantes.
Em Cristo,
Jailton Sousa Silva, Pr.
quinta-feira, 2 de abril de 2015
EM BUSCA DE UM MILAGRE
Naamã, comandante do exército do rei da Síria, era grande homem diante do seu senhor e de muito conceito, porque por ele o SENHOR dera vitória à Síria; era ele herói da guerra, porém leproso. (2Reis 5:1)
É consenso que apesar das dificuldades detectadas na área da saúde, a medicina evoluiu de maneira significativa. Hoje em dia é possível detectar algumas doenças futuras através das informações genéticas de uma pessoa, por meio de um simples exame, o que há alguns anos era impossível. Os métodos de cura se mostram muito mais eficientes e as pesquisas e as descobertas não param. Contudo, apesar de todo aparato medicinal, as pessoas continuam morrendo, vítimas de enfermidades. As doenças vasculares cerebrais, por exemplo, estão dentre as que mais matam no mundo, segundo a Organização Mundial de Saúde.
Ainda há doenças sem cura. A medicina sempre ajuda, mas nem sempre resolve o problema. E quando isso acontece, o que fazer? Naamã resolveu ir em busca de um milagre. O que aprendemos com a história dele?
Em primeiro lugar, esse episódio nos ensina que somos vulneráveis:
Quem era Naamã? Comandante do exército sírio, em Damasco, nos tempos de Jorão, rei de Israel. Naamã foi homem habilidoso e corajoso, que merecia a posição que ocupava. Muitas das vitórias dos sírios devem-se a grande capacidade militar desse comandante. Naamã estava acostumado às vitórias. Ele era um herói nacional; ao mesmo tempo estava ele acostumado à fama: o seu nome vivia atrelado ao êxito; era uma personalidade de sucesso em seu país.
Naamã estava acostumado às regalias. Ele dispunha de livre acesso ao palácio real. Os corredores do poder não lhe eram estranhos. Naamã possuía o que muita gente gostaria de ter: riqueza, fama, poder, conquistas. Um dia, porém, a casa caiu. O homem que sabia humilhar os seus adversários com as lâminas de sua espada, foi derrotado diante de uma horrível enfermidade: a lepra.
O que isso nos ensina? É simples: não existem super homens ou mulheres maravilhas no mundo real. O jovem que pensa que nunca vai morrer, engana-se a si mesmo. Dirigir em alta velocidade, entupir as veias com drogas, encher os pulmões de álcool, podem levar a morte. O investidor não está imune a perdas monumentais no mercado de ações; um pastor integro e sincero pode ser vítima de uma investida satânica; o atleta não está livre de um infarto e o rico, pode sim, ficar pobre.
Portanto, cuidado com o excesso de autoconfiança. Não somos tão fortes quanto pensamos. Cristo nos tornou livres do domínio do pecado, mas não da presença dele. Se o subestimarmos, podemos cair por sua causa. Cuidado: a presunção pode nos prejudicar. A arrogância é a porta de entrada para o fracasso. Somos vulneráveis.
O episódio da enfermidade de Naamã nos ensina, em segundo lugar que: somos dependentes:
Naamã não tem como escapar da lepra. Ele está desesperado. A sua condição é a pior possível para quem ostenta o título de general. A serva israelita que vivia no palácio avisa que o profeta de Deus pode curá-lo. Essa notícia é suficiente para que o general leproso tenha um fio de esperança. Então, com a autorização de seu rei, Naamã vai buscar ajuda em Israel.
Naquele momento, Israel e Síria estavam em paz, mas antes eles já haviam guerreado um contra o outro. Agora, porém, isso pouco importa ao general enfermo. Ele está em busca de um milagre, de uma cura. O profeta Eliseu não era Deus, mas era homem de Deus; ele possuía autoridade de Deus para curar. E porque tinha autoridade, Eliseu disse ao rei: Deixa-o vir a mim, e saberá que há profeta em Israel. (2Rs 5:8). E porque era profeta de Deus, Eliseu disse ao general sírio: Vai, lava-te sete vezes no Jordão e a tua carne será restaurada, e ficarás limpo (v.10).
Os milagres de Deus devem ser buscados no lugar certo. Deus é quem nos cura de nossas enfermidades. Ele vai aonde ninguém mais pode chegar. O médico pode remover a doença do corpo, mas só Jesus pode remover as enfermidades não somente físicas, mas também, espirituais. Cristo cura quando, onde e a quem ele quiser. Todas as enfermidades estão debaixo de seu poder e soberania.
Dependemos de Jesus para sermos curados de nossas crises existenciais. Precisamos de Jesus para sermos curados do pecado. Dependemos de Jesus para sermos curados daquilo que aos homens é incurável. Somos vulneráveis sim; somos dependentes sim; Mas o poderoso Deus faz do fraco, forte.
Se a situação estiver difícil, busque a Deus; Se o casamento estiver por um fio, busque a Deus; Se a doença foi detectada, busque a Deus; se o projeto falhou, busque a Deus; se o filho deu problema, busque a Deus.
Busquemos a Deus porque ele tem cuidado de nós.
Em Cristo,
Jailton Sousa Silva
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