terça-feira, 12 de abril de 2011

Realengo, um chamado à vigilância


Quinta-feira, 07 de abril de 2011, parecia ser mais um dia normal para os funcionários e alunos da escola Tasso da Silveira, em Realengo, na zona oeste do Rio. É possível imaginarmos os alunos chegando à escola, uns no horário, outros atrasados, portando suas mochilas e com expectativas para o restante do dia. Mas, infelizmente, aquele dia, não seria comum, como os demais. A escola mencionada, por sua vez, seria alvo da mídia nacional e internacional e 12 adolescentes, ao contrário do que todos imaginavam, não retornariam aos seus lares com vida. Isso porque nesta data, o ex-aluno Wellington Menezes de Oliveira, entraria na escola dizendo que iria dar uma palestra e dispararia cerca de 50 vezes contra as crianças, para depois se suicidar.[1]
            O resultado desse acontecimento é visível nos olhos lacrimejantes dos parentes das vítimas. 12 sonhos de um futuro promissor foram ceifados pelo poder destrutivo de duas armas de fogo. O mundo lamenta a tragédia. Para quem perdeu os seus filhos, é difícil conviver com esta situação. O sangue dos inocentes começou a ser removido das paredes e do chão da escola, mas as tristes lembranças assombrarão, por muito tempo, os que de hoje em diante conviverem naquele espaço. E agora, o que fazer? À polícia nada mais resta a não ser investigar o caso na tentativa de encontrar mais envolvidos no crime ou, simplesmente, dar um parecer do caso à população. Às crianças que presenciaram o fato, é necessário apoio psicológico.
            A tragédia ocorrida em Realengo despertou as autoridades a atitudes preventivas. Onde está a falha culminante em tragédias dessa natureza? A OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) defendeu neste domingo (10) a retomada da discussão sobre o desarmamento no Brasil. Para o presidente da OAB do Rio de Janeiro, Wadih Damous, o massacre que deixou 12 crianças mortas, na última quinta-feira (7), deve servir como reflexão para os riscos que a sociedade corre com o livre acesso de cidadãos a armas de fogo.[2] Por sua vez, o prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, disse que está fazendo um levantamento sobre a segurança das escolas municipais, depois do massacre ocorrido na escola pública do Rio de Janeiro. [3] A lógica dessas intervenções é perceptível no ditado popular “é melhor prevenir do que remediar”.
            No mundo espiritual, a prevenção, que tem o mesmo sentido de vigilância, é imprescindível. Estar de sobreaviso é o conselho de Cristo: Vigiai, pois, a todo tempo, orando, para que possais escapar de todas estas coisas que têm de suceder e estar em pé na presença do Filho do Homem (Lc 21:36). Todos nós estamos sujeitos aos imprevistos negativos da vida. As tentações sempre baterão à porta do nosso coração na tentativa de ali, disparar seu veneno mortal e desestabilizar a nossa fé. Por isso, é necessário cuidado! O apóstolo Paulo, homem experimentado em situações adversas da vida cristã, escreveu, inspirado pelo Espírito Santo: Aquele, pois, que pensa estar em pé veja que não caia (1 Co 10:12). Não precisamos nos arriscar à queda, sendo que podemos evitá-la. Façamos isso para a glória de Cristo!    
            Mis. Jailton Sousa Silva
           

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