sexta-feira, 19 de novembro de 2010

Mais que um conto de fadas

O dia 16 de novembro de 2010 foi impactante, histórico e inesquecível. Afinal, esta foi a data escolhida pelo Príncipe William de Gales, o segundo na sucessão do trono britânico, para anunciar ao mundo, o seu casamento com a bela Kate Middleton. A cerimônia está prevista para o ano de 2011. A imprensa do mundo inteiro acompanhou esse acontecimento de modo que, não é difícil se observar as imagens do casal nos mais famosos programas televisivos, jornais e sites. Contudo, apesar da sua notável beleza, Kate foi o centro da repercussão por outro motivo: a sua origem. Ela não é de descendência real, mas de origem plebéia. Isso significa dizer que, futuramente, o trono britânico poderá ser ocupado por uma ex-plebéia! Sem dúvida, uma grande porcentagem do número de mulheres do mundo inteiro gostaria de estar no lugar de Kate!

Esta história lembra muito os contos de fadas que marcam a infância de muitas meninas. Porém, a sua sublimidade nos faz lembrar outro acontecimento: o casamento de Ester. Tudo começou quando a rainha Vasti, mulher do Rei Assuero, se recusou a cumprir a ordem do mesmo de apresentar-se à presença dele e de seus convidados. A intenção dele era mostrar o quanto a rainha era bela (Et 1:11). O rei ficou enfurecido com a atitude insubmissa de Vasti e a destronou (Et 1:12, 19-22). Agora o trono estava “vazio”. Quem seria a sucessora de Vasti? Qual mulher teria a competência de substituí-la à altura?

Na tentativa de encontrar uma resposta, os servos do rei o aconselharam: ... Tragam-se moças para o rei, virgens de boa aparência e formosura (...) A moça que cair no agrado do rei, essa reine em lugar de Vasti. Com isto concordou o rei, e assim se fez (2:2,4). As mais belas moças virgens do império Persa estavam ali reunidas, todas aguardando, ansiosamente, a escolha do rei. Possivelmente, todas elas queriam ocupar o lugar deixado por Vasti ao lado de Assuero.

Após examinar a beleza de suas súditas, finalmente, Assuero fez a sua escolha: O rei amou a Ester mais do que todas as mulheres, e ela alcançou perante ele favor e benevolência mais do que todas as virgens; o rei pôs-lhe na cabeça a coroa real e a fez rainha em lugar de Vasti (2:17). Ester, jovem judia e órfã, que não passava de uma exilada estrangeira, tornou-se a mulher mais importante do mega-império persa. De todas, ela foi a única que conseguiu impressionar Assuero por sua graciosidade. Isso seria o que chamamos de final perfeito e feliz. Mas a história não termina ai. Ela está apenas começando.

Não sabemos o que o futuro reserva para Kate Middleton, caso venha a se casar com o Príncipe William de Gales. Pode ser que haja um propósito divino por trás da história dela, ou não passará de um mero “conto de fadas”. Em relação a Ester, porém, houve um propósito. O livro que leva o seu nome não menciona, em momento algum, o nome de Deus. Todavia, é explicita a ação deste em todo o livro. Ester se tornou rainha não por méritos próprios, mas porque Deus quis assim. Ele a colocou no trono (4:14). Deus nunca age sem propósitos.

Qual o propósito de Deus para Ester? Por intermédio dela, o Senhor trouxe um grande livramento para o povo judeu. Ela convenceu o rei a não comungar com o mesmo pensamento de Hamã, que tinha a pretensão de promover aquele que seria um dos mais cruéis massacres da história. Tanto a rainha quanto os seus conterrâneos choraram, amargamente, durante dias! Mas Deus era com eles e não os entregou à maldade do perverso Hamã.

Entenda: os grandes planos de Deus não se limitam aos palácios nem às realezas. Eles podem ser concretizados na triste realidade dos presídios, dos orfanatos, das vielas e das favelas; nas grandes metrópoles e nas cidades desconhecidas. Sabe por quê? Porque o interesse de Deus está nas pessoas e, nesses lugares, sempre tem gente carente, condenada à morte. São jovens, crianças, meninos e meninas sendo usadas como maquete do tráfico de drogas. Eles expressam o real desespero de um povo perdido, sem Cristo.  

Nós somos a Ester dessa geração. Deus nos incumbiu da responsabilidade de interceder e agir em favor dos perdidos e condenados à morte. Não se esquive desse nobre e caridoso dever. Ponha-se a disposição de Deus e ele o usará como um precioso instrumento!

A história chegou ao final. Os judeus foram libertos da sentença de morte; Mordecai, primo de Ester, foi honrado e Hamã, morto de forma humilhante. Após muito sofrimento, veio o final feliz: a tristeza transformou-se em alegria e o luto, em festa! (9:22).

Mis. Jailton Sousa Silva

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